Hérnias abdominais em mulheres: fique de olho!

Os principais sintomas incluem dor e saliência na região da virilha ou umbigo. Obesidade e constipação intestinal são fatores de risco

 

Aquela dor que começa a incomodar na região abdominal pode ser um grande ponto de interrogação na rotina feminina. É normal que a primeira suspeita venha de problemas mais comuns entre as mulheres, como cistos ou miomas. Mas a dúvida começa a ser esclarecida no volume facilmente percebido que as hérnias da parede abdominal apresentam.

“As hérnias abdominais são menos frequentes em mulheres, mas o alerta precisa ser feito para evitar o atraso de um diagnóstico tão importante”, destaca o médico cirurgião geral Dr. Fábio Strauss. Segundo o especialista, a protuberância da hérnia pode aparecer em qualquer um dos lados da virilha (chamada de região inguinal), ou no umbigo (hérnia umbilical).

Entre os fatores de risco das hérnias abdominais estão o histórico familiar, obesidade, esforço físico com excesso de pressão intra-abdominal e o histórico de cirurgia na parede abdominal.

O que são hérnias?

“A hérnia da parede abdominal surge quando a estrutura interna da barriga se aproveita de uma fragilidade do músculo para escapar por uma pequena abertura na camada protetora, causando o aumento de volume naquele local”, explica o Dr. Fábio Strauss.

Este escape, na maioria das vezes, acontece com uma pequena curva do intestino. O volume da hérnia costuma aparecer nos momentos de esforço físico, ou mesmo de tosse. “É comum observar que a hérnia desaparece quando a paciente está deitada”, detalha o cirurgião.

O agravamento do problema se dá justamente quando este “retorno” da hérnia não acontece mais. A pequena alça intestinal que escapa fica presa, correndo o risco de ter o fluxo sanguíneo interrompido, o que pode desencadear uma infecção que leva ao risco de vida.

Quando fazer a cirurgia?

Para evitar o risco de encarceramento da hérnia, a cirurgia é uma indicação segura e eficaz no tratamento das hérnias inguinais ou umbilicais. Como descreve o especialista, a cirurgia pode ser feita por laparoscopia, com cortes mínimos e recuperação rápida. No procedimento, a abertura da parede abdominal é coberta por uma tela de uso cirúrgico, evitando novos escapes.

“Cintas ou bandagens podem disfarçar o volume da hérnia, mas não diminuem a abertura, tampouco previnem o encarceramento. Por isso, não podem ser confundidos com o tratamento adequado, que é mesmo a cirurgia”, pontua.

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