Colelitíase (pedra na vesícula)

O que é a vesícula biliar?

A vesícula biliar é um órgão semelhante a um “saquinho” em forma de pêra localizado na superfície inferior do fígado, medindo cerca de 7 a 10 cm de comprimento. Sua função é armazenar bile e esvaziar para o intestino, geralmente após uma refeição. Devido a um distúrbio dos compostos químicos presentes na bile, são formadas pedras no seu interior, conhecidas como “pedra na vesícula” ou Colelitíase. Pesquisas mostram que elas são causadas por uma combinação de fatores, incluindo química corporal herdada (genética), peso corporal, mobilidade da vesícula biliar e talvez dieta. Muitos pacientes têm pedra na vesícula e nem sabem, pois nada sentem. Já os sintomáticos podem apresentar dor na parte superior e central do abdômen, ou no quadrante superior direito. Na cólica biliar a dor costuma iniciar-se subitamente e termina gradativamente. A dor geralmente é intensa, contínua, com períodos que pioram mais. É freqüente a presença de náuseas e vômitos. Muitas vezes é confundida com dor de estômago, de rins ou até mesmo de coluna. O cálculo pode ficar “silencioso” dentro da vesícula sem provocar sintomas. Outras vezes, a pessoa pode ter sintomas leves como enjôo, dificuldade de digestão e desconforto após alimentações gordurosas. Porém quando os cálculos obstruem os canais biliares, pode ocorrer infecção, que variam de leves até infecções graves. Se alguma pedra descer para o canal principal, elas podem obstruir o canal do pâncreas causando a pancreatite aguda, doença às vezes, de difícil controle.

Tem que se retirar as pedras e também a vesícula?

Sim. Essa é uma das principais perguntas que ouço no consultório. A presença dessas pedras, chamadas de cálculos, ou de barro biliar podem ficar muito tempo sem se manifestar, porém quando se manifestam, pode ser com sintomas leves, até casos mais graves (como dito anteriormente). Desse modo, pode ocorrer uma inflamação aguda da vesícula biliar provocando fortes dores na parte alta do abdome, conhecida como colecistite aguda, uma grave infecção abdominal. Se estas dores não melhoram com medicamentos o paciente deverá ser operado de urgência.

Hoje a cirugia é realizada por laparoscopia, popularmente conhecida como cirurgia a laser. Nela é realizado quatro pequenas incisões no abdome. Uma espécie de micro câmara é usada para mostrar a vesícula biliar e sua retirada através de uma pequena incisão abdominal de cerca de 1 cm. As vantagens são: pouca dor no pós-operatório, alta precoce, ótimo resultado estético e retorno rápido às atividades cotidianas.

Quais são os riscos da operação?

Colecistectomia laparoscópica é um procedimento muito seguro e comum, no entanto, como em qualquer outro procedimento cirúrgico, as complicações podem ocorrer, como o sangramento e a infecção. Menos comumente podem ocorrer lesões de órgãos vizinhos ou dos canais biliares. Na presença de algumas condições, a operação pode requerer a conversão de uma laparoscopia para uma colecistectomia aberta. Você deve discutir estes riscos com mais detalhes com seu cirurgião.

O que eu posso esperar após a cirurgia?

Você será medicado com analgésicos e de preferência a alimentos de mais fácil digestão, evitando comidas gordurosas na primeira semana. Você será orientado por seu médico no dia da alta com relação às atividades normais, como tomar banho, subir escadas, trabalhar, carregar peso, dirigir e ter relações sexuais.

 

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